Coll Halt Pas

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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O ANO DE TODAS AS "VERDADES"!

Parte do calendário 2019

Já estamos em meados de Março e apenas entrei em dois trail's: Trilhos de Viana e Paleozoico.

Muita ambição para este ano! Poderei ou não concluir o calendário 2019, mas que o vou levar até ao fim, isso levarei.



Segue já no dia 7 de Abril, a Geira Romana

Evento efectuado no único Parque Natural Peneda Gerês.


Neste mesmo Parque, e apenas uma semana depois, terei o Peneda Gerês Trail Adventure que percorre todo o parque. Desde Montalegre até à vila do Gerês.

Vão ser 212 km divididos por 7 etapas em 7 dias, distribuídas da seguinte maneira:



Etapa 1 - Ponte de Misarela - Vila do Gerês    25 km
Etapa 2 - Vila do Gerês - Ponte da Barca    40.320 km
Etapa 3 - Arcos de Valdevez - Arcos de Valdevez    45.730 km
Etapa 4 - Sistelo - Lamas do Mouro    23.160
Etapa 5 - Melgaço - Melgaço   19.220 km
Etapa 6 - Sra. da Cabeça - Lindoso    30.790 km
Etapa 7 - Pitôes de Júnia - Montalegre   33.130 km.

Fantástico evento!!!


Uma semana depois, ou seja 28 de Abril, entre Ambos - os - Rios, II Trail Trilhos Ocultos.

Fui convidado para apadrinhar este 
evento, e foi com muito orgulho que aceitei.


Entra o mês de Maio ( dia 17) e mais um desafio bem "durinho"... 

 Estrela Grande Trail!

Vão ser 80 km percorridos no maior maciço montanhoso de Portugal Continental: Serra da Estrela






Em Maio ficamos por aqui, porque em Junho o desafio vai ser maior, numa das mais difíceis serras de Portugal. Falamos da Serra da Freita.
E no dia 29 lá estarei para tentar fazer os 100 km...

O mês de Julho vai ser um pouco complicado, porque uma semana depois da Serra da Freita (dia 7), fui convidado para Embaixador do 4º Trilho do Pote em Gondar-Orbacém que aceitei também com muito orgulho!



No dia 8 de Julho, partirei para os Alpes Italianos para um estágio durante 2 meses de preparação para aquele que considero o mais duro, o mais lindo e o mais difícil de terminar do Mundo! Tor des Geantes!

No dia 8 de Setembro na companhia de 8 Portugueses e no meio de mais de 900 Atletas de 74 países, lá estarei na partida para tentar pela 4ª vez terminar esse desafio que é o sonho de toda a minha vida!

Meados de Setembro cá estarei de novo e se chegar "vivo" terei ainda vários desafios durante o resto do ano de 2019....

Darei notícias

Quim Sampaio - Ultratreiler

21/03/2019


sábado, 7 de abril de 2018

DEVER CUMPRIDO!


Em Fevereiro de 2018, convidei dois amigos (Zé Pereira e Fernanda Esteves) para me acompanharem num evento em Itália, sendo de imediato aceite. Trata-se do Tor des Geantes Starter, TOTDRET.

Sem pretender subestimar os outros eventos, quero dizer que este ultra trail será, é, o mais duro que conheço. São 134 km com mais de 12.000 D+, com passagem por nove picos com altitudes entre 1.700 e 3.000 m de altitude, havendo distâncias razoáveis onde se corre continuamente nos 2.300 m (o UTMB por exemplo, são mais 35 km mas menos 2.000 m D+, não "andando" pelas altitudes que o TOTDRET anda). 

Sem nenhuma publicidade iniciamos a preparação ainda durante o mês de Fevereiro. Eu e a Fernanda aqui pela Serra de Arga e arredores, o Zé Pereira não fez qualquer preparação...

Estabeleci um plano de treinos que cumprimos escrupulosamente. Bastante difícil diga-se de passagem, mas ficamos em excelente condição física para que o objectivo de ser finalista se concretizasse.
Entre meados de Fevereiro e 6 de Setembro, corremos mais de 1800 Km em mais de 311 horas.

O dia 11 de Setembro chegou, o evento se iniciou e nós lá estava-mos à partida, com a plena convicção que iria-mos ser finalistas.

Como nunca tive problemas com a altitude, nunca pusemos a hipótese de que a Fernanda pudesse vir a ter. No entanto ainda pensamos fazer uns treinos nos Picos da Europa, para testar a reacção física da Fernanda. O projecto foi abandonado por falta de patrocínio...

Até cerca de 2.000 metros de altitude (6.5 km após a partida), tudo correu bem à Fernanda. A partir dessa altitude, à medida que se subia, os problemas (da Fernanda) aumentavam. Depois dos 2.200 metros, as náuseas, as tonturas e os vómitos eram constantes e ainda teria-mos que ultrapassar os 2.777 m altitude do Col de Printer. Foi um autentico martírio essa ultrapassagem.
Aí começou uma longa descida até ao refugio de Champoluc, km 15.9 em cerca de 7,5 horas.

Como não havia condições para continuar, a Fernanda sabiamente optou por terminar ali a sua participação.

Eu segui e como estava absolutamente e totalmente bem, tive uma réstia de esperança de conseguir ultrapassar o ponto de corte situado em Cretaz (Valtournenche) km 35.6 km. Mas para lá chegar, teria que subir dois col (Nanaz 2.773 m e Fontaines 2696 m). Corri muito, mas não "deu"... Tinha-mos 11 horas para chegar ma essa barreira horária. Como nos primeiros 15.9 km gastamos 7,5 horas, restaram-me 3,5 horas para fazer  os 19,7 km restantes. Cheguei 35 minutos após o tempo limite, e barraram-me. Argumentei que me atrasei por ter que prestar auxílio a uma atleta, mas como já tinham lido a pulseira digital, o tempo já estava na base de dados, não poderiam abrir excepção.

Fiquei triste por um lado, por não ter terminado quando tudo apontava para tal, mas muito SATISFEITO e feliz por ter ajudado uma atleta que estava em grandes dificuldades em plenos Alpes.
CUMPRI O MEU DEVER!
O Zé Pereira, homem excepcional e de uma força invulgar, atingiu a meta situada em Courmayeur em 9º lugar da geral.

Teve uma quebra na parte final (era de esperar porque não fez a mínima preparação). Andou até 20 km da meta em 4º lugar, sendo nessa altura ultrapassado por 5 atletas.
O Zé, se tivesse feito uma preparação adquada, não duvido um só instante que seria o grande vencedor do TOTDRET. Parabéns Zé pelo excelente 9º lugar, parabéns Fernanda pelo descerimento de desistires, e parabéns a mim pelo DEVER CUMPRIDO.

Para o ano provavelmente lá estaremos os três!

Quim Sampaio - Ultra Trailer
16/09/2018

quarta-feira, 4 de abril de 2018

PLANOS FUTUROS, MUITO COMPLICADO! 
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   No início do ano planei o que pretendia que fosse o meu “ano desportivo”. Entre outros eventos iria fazer para além do Trail de Gondar e Orbacém – Rota das Capelas do qual era “Padrinho”, o PGTA 8 dias, a Serra Amar(Ela) 48 km e a Serra da Freita.

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Pretendia, mas não aconteceu. E não aconteceu por causa do malfadado dia 13  Sexta Feira do mês de Abri. Nesse dia malvado, quando estava a acabar a marcação do trail de Gondar, aconteceu aquele contratempo da perna/pé partido que levou à intervenção cirúrgica dois dias depois

A dor provocada pela fractura, apesar de intensa ignorei-a. E ignorei-a porque a dor é "psicológica". O que me desesperou foi a impossibilidade de fazer o PGTA e os 48km da Serra Amar(Ela). Penso que só havia dois atletas que eram totalistas do PGTA. Eu e o Gerson Silveira. Um deles já ficou pelo caminho…

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Quanto à Serra Amar(Ela), com a persistência própria de um “adolescente”, com mais ou menos dor, consegui fazer de “vassoura” em companhia da Gi dos 23 km. Deu para “desaguar”…

Então vamos falar falar um pouquito dos 23 km’s. Conhecia integralmente o percurso desde a partida em Ambos-os-Rios até Paradela, desconhecendo totalmente de Paradela até entre Ambos-os-Rios.

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A parte que conhecia, é extraordinária! Tem de tudo: bosque, curso de água, se estivesse em África savana, terreno plano e uma primeira grande subida que nos levou a Ermida, Aldeia linda, totalmente serrana, bem encrostada na vertente Norte da Serra Amarela. Após uma descida em estrada, mais uma subida por um trilho lindíssimo e técnico que termina lá no alto próximo de Germil. De Cabril a Paradela, uma descida compridita por trilho, desembocando numa pequena mas bem acentuado subida que teve que ser vencida.

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Logo após o abastecimento de Paradela, entramos então naquele que é o percurso mágico de todas as distâncias da Serra Amar(Ela)SkyMarathon! Cerca de 4 km’s de trilhos “virgens” que são do outro Mundo. As frequentes trocas de margem, com ou sem ajuda de cordas, a elevação também com a ajuda das mesmas, deixaram-me extasiado. Deixaram a mim e a todas as pessoas com quem falei. De acordo com elas, estarão presentes para o ano e trarão ainda um amigo/a com eles..

Cheguei ao final um pouco incomodado com a “dor” persistente que a partir dos 10 km’s me acompanhou até final, mas valeu a pena! Sei o trabalho enormíssimo que o Carlos Sá e seu STAFF tiveram para pôr esse evento em pé. Não foi fácil, mas valeu a pena. Acredito sinceramente que com alguma promoção/publicidade se tornará no expoente máximo do trail em Portugal. Sucesso garantido.

Parabéns, Carlos Sá















Quim Sampaio – UltraTrailer

21/06/2018

domingo, 1 de abril de 2018

DUVIDA.

Não acredito em Bruxas, mas será que as há?


Desde 2014 que quando se aproxima um grande evento e faço questão em ir, acontece sempre algo que condiciona ou impede a minha presença.

Foi assim nas 3 tentativas de conclusão do Tor des Geants em 2014, 2015, 2017.

 Foi assim no 4 K em 2016.
Tor des Geants 2014

Foi assim no Lavaredo Ultra Trail em 2016.
Foi assim na Extreme Gerês Maratthon de 2017

Será assim no PTGA no próximo mês.

Será assim na Sky Maratthon Serra Amarela.

Será assim no Estrela Grande Trail.

Destes eventos todos, os únicos que “não tive culpa” (estava muitíssimo bem preparado), foram os dois primeiros TdG. 2014 e 2015.


Tor des Geants 2015
Em 2014, um pouco antes de chegar aos 200 km, uma escorregadela numa descida de grande inclinação, originou uma rotura no quadríceps da perna direita. Resultado: abandono prematuro

Em 2015, parti para Itália com uma vontade “louca” de me “vingar” do insucesso do ano anterior. 100% preparado. Só que ninguém previa que o S. Pedro fosse tão implacável. De tal maneira implacável (-21º nos picos por onde fui passando), que a organização viu-se forçada a suspender definitivamente o evento depois de duas interrupções de 5 e 4 horas e depois de ter transportado para o hospital mais de 80 atletas com hipotermia.


Tor des Geants 2017
Em 2017, depois de 8 meses de treino cumprindo rigorosamente o plano traçado, 9 dias antes do início da prova, 1 de Setembro de 2017, no final de um dos últimos treinos de relax, uma rotura num dos gémeos, levou a que tivesse que fazer um “contra-relógio” de fisioterapia. Uma mazela que em circunstancias normais levaria um mês a soldar, fui com 6 sessões de fisioterapia, 9 dias após a rotura.

Claro que sabia que não iria chegar ao fim, mas a despesa estava toda feita e lá vai ele e no dia 10 de Setembro, na companhia da minha filha Célia Sampaio e companheiro (estes dois para me darem assistência), lá estava-mos na partida. Infelizmente apenas deu para subir 3 dos 25 picos com cerca de 2800 metros de altitude. Encostei às “boxes” incapaz de dar mais um passo…


Tor des Geants 2017
Em 2016, com um tendão (supraespinhoso) partido/rebentado, na companhia da minha filha Célia Sampaio, lá estávamos nós em Cortina d’Ampezo para iniciar e fazer os 120 km de Lavaredo Ultra Trail…. O ombro apenas permitiu que chegasse-mos aos 77 km. Por solidariedade, a Célia desistiu também…


Lavaredo Ultra Trail 2016
Nesse mesmo ano (2016) Janeiro, quando ainda estava “direitinho”, inscrevi-me para além do Lavaredo Ultra Trail, também para o 4 K.

Prova semelhante ao Tor des Geants, no mesmo percurso mas com sentido contrário e com mais cerca de 20 km (350 km).

Quando regressei de Lavaredo em Junho, tratei logo que me operassem. Fui operado no dia 24 de Julho, entrando em recuperação.

Claro que quando parti em Setembro para Itália ainda não estava minimamente em condições de concluir uma monstruosidade de prova. Mas também a despesa estava feita lá vai ele na companhia do meu amigo Diogo Simão (que completou essa prova).


4 K 2016
E no dia certo, lá estava-mos os dois na companhia da Inês (mulher do Diogo), que foi dar assistência ao marido e se eu “tivesse pernas” a mim também, partindo logo rumo aos 3.300 metros 10 Km mais à frente.

Só tive “gasolina” para 44 km. Quando cheguei aos 41, tive que retirar a mochila das costas,que pesava cerca de 7 kg e levá-la na mão.


4 K 2016
O ombro já não admitia nada em cima dele…

Em Dezembro de 2017, já recuperado e preparado da rotura agravada após Itália, 6 dias antes da Extreme Gerês Maratthon (27de Novembro), uma gastroenterite, levou-me a ir passar a noite ao hospital para levar soro.

Dia 28, ao fim da tarde nova visita ao “hotel de Sta. Luzia”, para levar mais soro. Dia 28 29 e 30, só consegui beber alguns (poucos) líquidos.


Extreme Gerês Maratthon 2017
Na manhã de dia 1 de Dezembro, às 9horas da manhã este menino estava na partida daquela que é a mais difícil maratona do Mundo, com menos 3 kg de peso e um copo de sumo de laranja no estômago…

Mas na companhia da Fernanda Esteves que estava tão debilitada quanto eu (pelo caminho vomitava-mos à vez.. ora agora vomito eu ora agora vomitas tu…), lá chegamos ao fim depois de mais de 6 horas palmilhando caminho.


Extreme Gerês Maratthon 2017
2018. Depois do Foz Côa Trail Adventure que correu 5 estrelas, estava entusiadíssimo para participar no PTGA (200 km), foi acontecer mais este percalço:

Fractura maléolo externo e rotura do ligamento deltoide imobilizada com placa e parafusos… impedindo-me de ir correr correr o PGTA o Sky Maratthon Serra Amarela e o Estrela Grande Trail.

Esta fractura ocorreu 6ª feira dia 13…. Perante tudo o que acabei de relatar, cheguei à conclusão de que 
Afinal há mesmo “bruxas”!


Gondar Rota das Capelas 2018
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Tor des Geants 2017

Tor des Geants 2015

Extreme Gerês Marathon 2017

Extreme Gerês Marathon 2017

Tor des Geants 2014

Tor des Geants 2015


Gondar Rota das Capelas 2018
Extreme Gerês Marathon 2017
Lavaredo Ultra Trail 2016
4 K 2016
Extreme Gerês Marathon 2017


Tor des Geants 2015
Lavaredo Ultra Trail 2016

Quim Sampaio – Ultra Trailer

19/04/2018